top of page

Diário de Bordo - 07

  • Foto do escritor: MAX FERCONDINI
    MAX FERCONDINI
  • 23 de dez. de 2018
  • 3 min de leitura

ree

Diário de Bordo - Dia 07

(01/12/2018)


Posição: 21 11 N 027 26 W

Milhas navegadas: 209 nm

Milhas para chegar: 1959 nm

Velocidade média para o destino: 5.8 nós

O dia amanheceu nublado como era de se esperar após a noite escura. Levantei às 8h45, com os solavancos do barco a brigar para se manter no curso. Fui ao cockpit para ver se o Alexandre estava bem. A Mirella fazia companhia para ele e brincou comigo me dando ordem para voltar a dormir. Fui no banheiro e voltei no mesmo pé para a minha cabine na proa. Dormi por mais algumas horas e, quando foi perto do meio dia, já não conseguia mais ficar na cama a balançar com as ondas.


Alexandre continuava no leme e aparentava estar muito cansado. O nosso café da manhã foi alguns nuts e frutas secas. Resolvi que ia preparar para o almoço um wrap de tortillas ao estilo mexicano, com feijão picante, tomate e cebola caramelizada. Desci para a cozinha e de lá não saí pelos próximos 40 minutos. Mirella e Alexandre me chamaram para ver um grupo de golfinhos que se aproximou do barco, mas eu não pude me desocupar das panelas. Com o mar mexido foi difícil finalizar o preparo do prato como eu esperava, então resolvi servir em três cumbucas, que nos facilitaram a vida na hora de comer o wrap. Alexandre comeu na roda de leme levando o barco, enquanto Mirella e eu fazíamos companhia para ele.


ree

Pela tarde Alexandre foi dormir para se preparar para o turno da próxima noite e Mirella ficou no leme enquanto eu escrevia um pouco e descansava. Não consegui escrever muito, pois mais um dourado fisgou a isca que estava curricando atrás do barco. Pela envergadura da vara percebi logo que era um dos maiores peixes que teríamos pescado até então. E o bicho era lindo. Pela força com que o barco navegava sobre as ondas, o pescado vinha deslizando sobre a água. Sinal que ele estava bem preso ao anzol. Recolhi a linha devagar para não arrebentar, enquanto a Mirella comemorava termos peixe fresco para comer. Quando tirei o jantar fora da água ele estava reluzente feito ouro. Devia ter pelo menos uns 5 quilos pela minha, nada apurada, estimativa. Como o Alexandre estava descansando, dessa vez fiz todo o trabalho sozinho. Peguei a tábua e a faca, sentei-me na popa do barco e comecei a limpar o peixe. Era a primeira ou segunda vez que limpava um pescado, mas fiz o trabalho com a minúcia de um sushiman. Cabeça, nadadeiras, barbatanas e o rabo joguei na água. Só sobrou a espessa carne do peixe e muito sangue no deck, que eu tive que limpar com água salgada antes de descer para a cozinha. Como nas outras vezes, levei o peixe direto para o forno, temperado com limão, alho e algumas ervas que tínhamos à disposição.


Mirella continuou navegando e, quando foi umas 20h da noite, o Alexandre acordou. A louça do almoço tinha ficado na pia e eu prometi que quem lavasse tudo iria ficar com a melhor parte do peixe. Alexandre ganhou o prêmio. Jantamos com as luzes da lanterna, pois já era escuro. Nos deliciamos com tanta carne, que ainda sobrou para o café da manhã seguinte para quem quisesse encarar um peixinho logo cedo.

Alexandre assumiu o leme e eu fui escovar os dentes e me preparar para dormir. Mirella foi logo em seguida. Alexandre estava bem descansado e se propôs a levar o barco até às 5h da manhã. Completamos um terço da viagem até aqui, mas ainda tínhamos muita água pela frente!


ree


 
 
 

4 comentários


manhosagatinha137
manhosagatinha137
27 de mai. de 2022

Hummmm...Adoro DOURADO!!!!!!!

Curtir

Novidade Ativa
Novidade Ativa
30 de abr. de 2022

Gostei dos nuts e frutas secas....levantei agora AMOR....Vou tomar o café....

Curtir

Virginia Graça
Virginia Graça
19 de abr. de 2022

Continue me alimentando AMOR!!!!!!

Curtir

iole santiago
23 de dez. de 2018

Ultimamente tenho sonhado com um jantar feito pelo max... rsrsrs... 😍

Curtir
bottom of page